
Trabalho de grupo
a) PowerPoint
b) Comentário de Grupo
Para a realização do trabalho de grupo, optamos pelo livro Pensar Queer: sexualidade, cultura e educação e centramo-nos no capítulo 2. A escolha do livro e deste capítulo deve-se ao facto de este tema gerar, na sociedade atual, muita controvérsia.
Primeiramente, achamos pertinente esclarecer o significado de Queer, dado ser um termo desconhecido da nossa parte e por ser a base do livro. Assim, segundo Marla Morris “Queer anuncia mais do que ser ‘lésbica’, ‘homossexual’ ou ‘bissexual’. Queer refere-se a qualquer indivíduo que se sinta marginalizado pelas perceções de sexualidade predominantes.” (Morris, 2007, p.32).
Este capítulo aborda a criação de um gabinete de apoio a homossexuais/lésbicas/bissexuais na universidade pública Liberal U e os problemas subjacentes a esta diversidade. A autora pretende centrar-se na diversidade social e académica que acaba por influenciar o campo da política e da prática.
Na nossa opinião, a criação do gabinete para os Queer, na Liberal U, é uma ação politicamente correta mas que, na prática, não se cumpre porque não passa de um ato simbólico, uma vez que a universidade deve ser liberal e tem o dever de proteger também as minorias.
A criação de um gabinete seria uma mais-valia para todas as universidades. Um gabinete que quebrasse os preconceitos, que acompanhasse os jovens a lidar com os impulsos sexuais que sentem todos os dias. Por exemplo, através da ajuda de uma equipa profissional que oferecesse um vasto número de opções para explorar o amor e o sexo dos adolescentes, apresentando soluções aos seus problemas e experiências emocionais e físicas. Um gabinete aberto a todos, onde a equipa oferecesse aos jovens, e muitas vezes aos seus pais, o apoio e aconselhamento profissional que tanto procuram.
Posto isto, temos consciência que a criação de um gabinete destes gerava muita polémica, tal como se verifica no livro, do qual demonstraremos algumas posições contra e a favor, a saber: os homossexuais e as lésbicas são um grupo minoritário discriminado que merece ter um gabinete próprio mas, em contra partida, segundo o livro, os fundos públicos deveriam ser gastos em serviços que beneficiem todos os alunos. Porém, no nosso entender, a (homo)sexualidade é um assunto que diz respeito a todas as pessoas.
Segundo a autora, esta questão deve estar presente nos objetivos da educação e no papel da universidade, deve ser permitido um igual acesso à aprendizagem, educando o público em geral e aceitando a população tal como ela é. As universidades têm a responsabilidade de conduzir e responder à mudança social, contudo, estão a submeter-se a pressões do politicamente correto criando uma cultura académica de grupos bloqueados.
Por fim, consideramos que o próprio gabinete está a excluir as minorias, e que a criação de um gabinete mais amplo seria uma mais valia na medida em que beneficiaria toda a sociedade (académica).
Em geral, verificamos que a construção de uma sociedade que aceite toda a população ainda está longe de se atingir, mas que todos podemos contribuir para tal, aceitando naturalmente.